O academicismo, ou academismo, foi um movimento onde as Academias de Arte (Escolas de Arte) existentes no continente europeu passaram a estabelecer determinadas regras ou padrões necessários para a formação artística da época. O Renascimento Cultural pode ser representado como desenvolvimento gradual das artes, dos trabalhos de caráter artesanal (como o bordado, por exemplo) para a profissionalização garantidas pelas Academias de Arte.

No século XVI diversas nações que passaram a adotar o conceito de estado absoluto (monarquias absolutistas) viam com desconfiança a manifestação livre artística, entendendo que artistas que não estivessem de acordo com suas políticas poderiam criticá-los através de suas obras. Isto é, os conceitos de genialidade e, especialmente de originalidade, foram deixados de lado, e não eram raros os casos em que os talentos eram recriminados. As academias desse período defendiam que todo tipo de criação artística poderia ser ensinado utilizando como base esses padrões previamente estabelecidos:

•          Valorização da mensagem moral.

•          Estímulo à intelectualidade.

•          Prestígio da idealização.

•          Domínio de regras e uso moderado de cor.

Segundo o filósofo Michel Foucault, ao passar anos sujeitos à disciplina acadêmica, os alunos transformados em artistas, também se tornavam propagadores da moral da Academia: “A disciplina, fabrica indivíduos: ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e instrumentos de seu exercício.” No século XVIII o filósofo Alexander Gottlieb Baumgarten desenvolve o termo estética para designar o estudo das sensações, isto é, a estética não seria reduzida a compreender ou definir o Belo. Complementando com outro filósofo, Immanuel Kant, a estética deveria ser percebida como um princípio de sensibilidade, pois o belo seria uma finalidade sem fim. Então, a produção artística não teria como função somente conceber obras belas.

RUPTURA COM O ACADEMICISMO

A liberdade artística começa a surgir na Europa no século XIX com o movimento impressionista, já aqui no Brasil o processo de autonomia dos artistas demora um pouco mais, mas historicamente apontamos o Salão de Arte Moderna de 1922. A Semana de 22 representou uma manifestação artístico-cultural que reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras (pintura e escultura) e palestras. Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias, mas que pudesse expor uma arte “mais brasileira”.

Qual seria a função da Arte?

Inúmeras obras de arte expressam questões humanas fundamentais: falam de problemas sociais e políticos, de relações humanas, de sonhos, medos, perguntas e inquietações de artistas, documentam fatos históricos, manifestações culturais particulares e assim por diante. A Arte seria então a forma que a humanidade encontrou para expressar as sensações e visões de mundo. Dessa forma qualquer produção humana pode ser considerada Arte? O debate sobre o que é ou não é arte, é extremamente vasto e continua até hoje. Todavia, para validarmos os conceitos são necessários critérios básicos de análise, contextualizações. Caso não, tudo vira arte. E, se tudo é arte; nada é arte.

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