Globalização (ou Mundialização) é o nome atribuído ao fenômeno de integração do espaço mundial por meio das tecnologias da informação, da comunicação e dos meios de transporte, que se modernizaram rapidamente e proporcionaram, além de maior dinamização dos territórios, aceleração e intensificação dos fluxos de capitais, mercadorias, informações e pessoas em todo o planeta.

Observemos a comparação do desenvolvimento técnico-científico dos transportes, criada pelo geógrafo  David Harvey:


Com o desenvolvimento das novas tecnologias o mundo “encolheu”, tornou-se uma aldeia, metaforicamente o planeta ficou menor:



Em virtude dessa ampliação da integração entre os países, foram criadas algumas organizações internacionais: ONU, OMC, FMI,  Banco Mundial etc.

Mas não existe globalização sem a atuação das empresas transnacionais. O termo transnacional substitui o termo multinacional, pois a palavra multinacional pode ser interpretada como se a empresa pertencesse a várias nações. Já o termo transnacional relaciona-se ao fato da empresa ultrapassar os limites territoriais de sua nação para atuar no mercado externo.

FMI – O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma instituição que foi criada na Conferência de Bretton Woods, em 1944. Seu principal objetivo é o de promover empréstimos e oferecer créditos para controlar ou prevenir crises financeiras, além de atuar na cooperação monetária internacional. Aqueles países que desejam receber empréstimos ou créditos do Fundo Monetário Internacional precisam se comprometer a seguir determinadas condições previamente estabelecidas pela instituição. Tais condições são denominadas de regras de condicionalidade e caracterizam-se pelo seu caráter rígido de aplicação. Geralmente, essas condições são chamadas de medidas de austeridade, que representam a adoção de políticas de privatizações e diminuição dos direitos trabalhistas, aumento de juros e cortes de gastos públicos. Uma das principais críticas direcionadas ao FMI está na sua estrutura interna, especialmente à proporcionalidade dos votos nos espaços de decisão: Cada voto tem o valor equivalente ao capital que cada um dos Estados-membros possui, de forma que as nações mais ricas e desenvolvidas praticamente controlam a organização. Os votos dos EUA, por exemplo, valem 16,79% do total, enquanto o voto do Brasil vale 1,38%.

O Banco Mundial é uma instituição financeira com o objetivo de destinar empréstimos para nações subdesenvolvidas ou em processo de desenvolvimento, tendo como base as raízes do neoliberalismo: manutenção da propriedade privada, livre mercado, mão invisível, autorregulação do mercado, baixa intervenção do Estado na economia, Consenso de Washington (reorientação de gastos públicos vs. gastos sociais), privatizações, flexibilização de direitos trabalhistas entre outros.

No Banco Mundial há uma concentração de esforços no desenvolvimento econômico e social propriamente dito dos países-membros, por meio do oferecimento de empréstimos para a concretização de políticas públicas e projetos estruturais que vislumbrem questões sensíveis como saúde, educação, alimentação, energia, entre outras. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem como premissa desde a sua fundação auxiliar no desenvolvimento do sistema monetário internacional, voltando-se para ações mais específicas, notadamente o resgate financeiro de países e instituições que passam por graves adversidades monetárias, como crises políticas, financeiras e cambiais.


As empresas transnacionais conseguiram aproveitar muito bem os avanços tecnológicos ocorridos com a terceira Revolução Industrial para fazer da maior parte do mundo o seu mercado consumidor.


As transnacionais costumam possuir a matriz   em seu país de origem e atuam em outros países através da instalação de filiais. Para que uma transnacional se instale em um dado país é necessário receber incentivos fiscais dos governos (isenção de impostos, doação de terrenos etc.). As transnacionais não investem os lucros nos países das filiais, apenas na matriz. No país de origem é que são mantidos os centros de pesquisas para desenvolvimento tecnológico, onde são tomadas as grandes decisões sobre marketing, investimentos e corte de custos. Os locais de preferência são países subdesenvolvidos e/ou emergentes, especialmente os que possuem leis ambientais mais brandas (ou inexistentes) e condições trabalhistas mais flexíveis.


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