Para compreender transição demográfica, primeiramente é fundamental entender alguns conceitos correlatos importantes: natalidade, mortalidade e fecundidade.

  • natalidade: relação entre o número de nascidos vivos e o total da população em um dado lugar, num dado período. Calcula-se a taxa de natalidade dividindo-se o número de nascidos vivos em um ano pelo número de habitantes (do país, região ou cidade).  
  • mortalidade: número de pessoas que morrem em determinada época ou em determinada região, país etc. A taxa de mortalidade é calculada dividindo-se o número de pessoas mortas pelo número de habitantes.  
  • fecundidade: é a capacidade de reprodução de determinada sociedade. A taxa de fecundidade é calculada dividindo-se o número de filhos nascidos pelo número de mulheres entre 15 e 49 anos, numa determinada população.
  • crescimento vegetativo: determinado de acordo com as condições socioeconômicas e culturais de um país. Em resumo, o crescimento vegetativo corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. São três as classificações:
    • positivo – número de nascimentos é superior ao número de mortes
    • negativo – número de mortes é superior ao de nascimentos
    • nulo – número de nascimentos registrados é equivalente ao número de mortes num mesmo espaço de tempo
  • mortalidade infantil: corresponde a morte de crianças entre os zero e doze meses de vida.
  • expectativa de vida ou esperança de vida: corresponde ao número de anos atingidos por uma população num determinado espaço de tempo.

Para sabermos a taxa de natalidade e de mortalidade utilizamos as seguintes fórmulas:


A transição demográfica pode ser segmentada em quatro diferentes fases:

1ª fase – Pré-transição

Ocorre quando há um certo equilíbrio entre as taxas da natalidade e mortalidade, porém ambas com valores muito altos. Fenômeno observado em sociedades que contam com um baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas pessoas anualmente e, ao mesmo tempo, perdem-se muitas vidas em razão de epidemias, baixa expectativa de vida e precárias condições sanitárias. Historicamente representado pela Europa no início da industrialização.

2ª fase – Aceleração ou explosão demográfica

Esse processo não ocorre pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros fatores. Historicamente representado pela Europa de meados do século XIX.

3ª fase – Desaceleração demográfica

Tendência geral de redução nas taxas de natalidade que pode ser explicada por alguns fatores: pela difusão do planejamento familiar, a inclusão da mulher no mercado de trabalho, a intensiva urbanização (no campo, as taxas de fecundidade são sempre maiores) etc. entre outros fatores. Por esse motivo, há um gradativo processo de declínio do número de nascimentos, o que acontece em uma velocidade inferior à queda da mortalidade. Esse processo passou a ser vivido no Brasil na segunda metade do século XX, sobretudo a partir da década de 1970.

4ª fase – Estabilização demográfica

A estabilidade demográfica é atingida quando as taxas de natalidade e mortalidade finalmente se equilibram, mantendo patamares que, embora possam apresentar oscilações conjunturais, mantêm-se em médias muito baixas. Nesse cenário, diz-se que há um total controle do crescimento demográfico.

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