Arqueólogos e historiadores identificaram diversos tipos de sociedades organizadas, desenvolvidas e com trocas comerciais por todo o continente:
A ESCRAVIDÃO AFRICANA
A prática da escravidão na África pré-colonial existia, mas de maneira diferente da que foi praticada pelos europeus a partir da exploração do Novo Mundo. As pessoas escravizadas provinham de guerras entre tribos rivais: o “escravo de guerra”. Entretanto, algumas das pessoas escravizadas possuíam determinados privilégios, podendo inclusive adquirir posses. A integração dessas pessoas só não ocorria para a livre escolha em matrimônio e para ascensão política. Todavia, com a chegada dos árabes a organização e a tonalidade da pele passou a representar valor mercantil: a pessoa escravizada torna-se – de fato – mercadoria.
Anterior a vinda e início da exploração europeia eram estimados, no mínimo, 835 grupos linguísticos, segundo o mapa do antrópologo George Murdock. Após as intervenções exploratórias europeias a partir do século XVI e o processo de Partilha da África (neocolonização do século XIX) inúmeras etnias deixaram de existir. Veja abaixo o mapa elaborado por Murdock e, a seguir, a relação dos grupos étnicos africanos registrados atualmente:

Segundo o Catálogo Arte na África (2004), de curadoria do Ethnologisches Museum*, são 105 os grupos étnicos africanos:

* O Ethnologisches Museum (Museu Etnológico de Berlim) está envolto em polêmicas: