Segundo a ONU, o Brasil está entre os 10 países mais desiguais do mundo. A desigualdade social é um processo existente dentro das relações da sociedade, presente em todos os países do mundo. Ela é resultado das construções sociais, pois caracteriza um lugar aos desiguais, seja por questões econômicas, de gênero, de etnia, de crença, de origem ou de casse social.

As desigualdades sociais não são naturais, SÃO CONSTRUÇÕES SOCIAIS. Acontecimentos históricos como a colonização e a escravidão produzem contextos estruturais em que os indivíduos são colocados em posições de vida desiguais. É fundamental repetir que a desigualdade social é um problema multidimensional, pois envolve questões econômicas, de gênero, de etnia, de crença, de origem ou classe social.

A mensuração de desigualdade mais conhecida é a da concentração de renda apurada pelo Coeficiente de Gini. Ela aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos e vem cumprindo um papel inegável ao expor uma das faces mais estruturantes do fenômeno, a desigualdade de renda. Entretanto, apresenta limitações por olhar um único aspecto do problema: a renda monetária:

A estrutura da desigualdade no país pode ser ilustrada com os seguintes cálculos: com uma população de mais 200 milhões de pessoas, os 10% mais ricos estão entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos. Dentre estes, 75% ganham até 20 salários mínimos, sendo que 1%, ou seja, 1,2 milhão de pessoas, respondem por rendimento médio superior a R$ 55.000 por mês.

Na situação oposta, a população com menores rendimentos, se levarmos em conta o percentual de pessoas vivendo com até 1/2 salário mínimo, identifica-se esse rendimento presente na metade da população do Norte e do Nordeste, enquanto que nas demais regiões esse percentual varia entre 15,6% e 21,5%.

Se a referência for de um salário mínimo per capita, o Nordeste possui 77,3% de pessoas residentes em domicílios particulares nessa situação, e a região Norte possui 76%. A região Sudeste possui 50,2%; a região Centro-Oeste, 52%; e a região Sul, 42,3%.


Desigualdades Parte 2

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