(…) a juventude é uma categoria socialmente construída. Ganha contornos próprios em contextos históricos, sociais e culturais distintos, e é marcada pela diversidade nas condições sociais (origem de classe, por exemplo), culturais (etnias, identidades religiosas, valores etc.), de gênero e até mesmo geográficas, dentre outros aspectos.

Território ≠ Territorialidade
Território em sua dimensão política: refere-se às relações espaço-poder, em geral, e às relações jurídico-político que dizem respeito às relações espaciais que se estabelecem na esfera do Estado-nação. Nestas, o território é visto como um espaço delimitado e controlado, por meio do qual se exerce um determinado poder relacionado ao poder político do Estado, na maioria das vezes, mas não exclusivamente.

Território em sua dimensão cultural: nessa concepção, o conteúdo cultural ou simbólico-cultural delimitam o território a partir da teia de representações e subjetividades que se enraízam em parte do espaço-território, dando-lhe identidade. Nesse sentido, o território é visto como produto da apropriação e valorização simbólica de um grupo em relação ao seu espaço vivido.

As “subculturas” ou “tribos urbanas” (termo criado pelo sociólogo francês Michel Maffesoli) constituem-se por grupos de pessoas cujos hábitos, valores, ideais, gostos, objetivos, crenças, entre outros, são convergentes e em oposição ao individualismo.

Referências bibliográficas:
Currículo em ação, 2021. Caderno do Aluno, 1ª série, vol. 3, p. 317.
DAYRELL, Juarez Tarcísio. A juventude no contexto do ensino da Sociologia: questões e desafios. In. MORAES,
Amaury César (coord.). Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 2010. p. 65-67.