A socialização é iniciada na infância e durante a vida recebemos informações variadas sobre os múltiplos aspectos da sociedade. Entramos em contato e convivemos com gerações diferentes, essa situação representa a continuidade do processo de socialização. Como vimos no último post, a nossa identidade se desenvolve a partir das relações que travamos com os outros, pelo grupo de pertença (familiar), pelo grupo de eleição (nossas opções, nossas escolhas – amigos, por exemplo) e pelo grupo de referência ou modelo (uma espécie de guia para construir o que desejamos nos tornar). O processo de socialização molda o indivíduo? Mas isso quer dizer que não temos liberdade para adotar um certo papel social?
Somos mais do que a soma de nossas experiências e contatos sociais. Embora nosso convívio com os diferentes atores do mundo social exerça forte influência na construção do indivíduo social, a liberdade (e a individualidade) também toma parte na construção de nossa identidade. É a identidade do indivíduo que é parte fundamental da construção da individualidade do sujeito, isto é, a subjetividade constitui a singularidade de cada pessoa, a forma como cada um de nós interage e reflete sobre as influências externas.